sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Vale confirma Alpa para 2014 em Marabá

Sexta-feira, 28/01/2011, 10h01


A direção da Vale S.A. confirmou, ontem, para 2014 o início de operações da siderúrgica Aços Laminados do Pará (Alpa), em fase de implantação no distrito industrial de Marabá. “O projeto (da Alpa) é consistente em diversos cenários”, afirmou o diretor global de relações institucionais da mineradora, Fábio Eduardo Spina, ao descartar a hipótese de revisão do empreendimento em face da mudança de governo e de orientação política no Estado.

Acompanhado do gerente de relações institucionais da Vale no Pará, José Fernando Gomes Júnior, Fábio Spina fez ontem uma visita de cortesia ao DIÁRIO, onde foi recebido pelo seu diretor presidente, Jader Barbalho Filho. O diretor da Vale informou que as obras civis de implantação da siderúrgica deverão ser iniciadas no próximo mês de junho. A terraplenagem da área a ser ocupada pelo empreendimento, conforme frisou, já chegou a cerca de 80% do terreno, e só não foi concluída por causa das chuvas. O projeto foi lançado oficialmente no dia 22 de junho do ano passado, em Marabá, em evento que contou com a presença do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A usina siderúrgica terá capacidade anual de produção de 2,5 milhões de toneladas de placas. A entrada em operação em caráter experimental da siderúrgica (alto forno, aciaria e laminação) está prevista para o final de 2013. A Alpa tem investimento estimado em R$ 5,8 bilhões, com geração de 16 mil empregos na fase de implantação. Na operação, deverão ser mais 5.300 empregos diretos e outros 16 mil indiretos.

DUPLICAÇÃO

Fábio Spina revelou ainda que a produção de minério de ferro na província de Carajás será mais do que duplicada num prazo de quatro anos. Atualmente, a mineradora produz em Parauapebas cerca de 100 milhões de toneladas, mas a mina terá sua capacidade ampliada em 30 milhões de toneladas. Até 2014, a Vale vai duplicar também a capacidade operacional da Estrada de Ferro Carajás, que liga suas minas no Pará ao porto de Ponta da Madeira, em São Luís.

A duplicação da capacidade da ferrovia vai coincidir com o início de operações, previsto também para 2014, do novo projeto de minério de ferro da Vale, em implantação no município de Canaã dos Carajás. Mobilizando investimentos de mais de US$ 11 bilhões, a mina S11D vai produzir por ano 90 milhões de toneladas de minério de ferro, o equivalente a um novo projeto Carajás.

De acordo com Spina, o investimento tecnológico é um dos principais focos da mina S11D, de forma a praticamente se eliminar a utilização de água e de caminhões, efetuando-se o transporte de minério dentro do complexo industrial através de correias. “O objetivo é otimizar a produção, fazendo-se a exploração mineral de forma mais eficiente e completamente sustentável sob o aspecto ambiental”, enfatizou. O diretor da Vale confirmou para o segundo semestre o início de operações da mina de níquel de Onça Puma, em Ourilândia do Norte. Spina revelou ainda que a Vale deverá se tornar, nos próximos anos, uma das maiores produtoras de cobre do mundo. Atualmente, a mineradora opera uma única mina de cobre – a mina do Sossego – em Canaã dos Carajás. Até 2017, porém, a meta é atingir uma produção anual da ordem de 900 mil toneladas.

Depois da visita ao DIÁRIO, o diretor da Vale teve uma reunião com o ex-deputado federal Jader Barbalho.

Prioridade à “energia limpa”

A Vale vai investir este ano US$ 24 bilhões em atividades de prospecção mineral, inclusive de hidrocarbonetos. Na área de energia, porém, o foco principal passa a ser a busca de fontes limpas, que na visão de futuro da empresa passam a se sobrepor às fontes tradicionais. “O petróleo vai continuar tendo sua importância no mercado, mas o mundo está em transformação, sob o efeito de uma maior consciência ambiental, e nós precisamos acompanhar essas mudanças”, afirmou Fábio Spina.

Ele citou como exemplo a mudança de postura já registrada nos Estados Unidos, através de recentes discursos do presidente Barack Obama. “Os americanos estão olhando isso (as novas fontes de energia limpa)”, afirmou o diretor da Vale, acrescentando que o mesmo fenômeno já é perceptível também na China. Entre os chineses, conforme frisou, a bicicleta, tradicional meio de transporte no país, está se massificando ainda mais e com uma característica própria dos tempos modernos – a bicicleta movida a eletricidade.

O diretor de relações institucionais da Vale destacou também a importância do projeto Biovale, através do qual a mineradora se propõe a produzir cerca de 500 mil toneladas de óleo de palma quando suas plantações de dendê atingirem a maturidade. O projeto prevê plantios de palma nos municípios de Moju, Acará, Concórdia do Pará e Tomé-Açu.

COMBUSTÍVEL VERDE

Parte da produção de biodiesel vai abastecer as locomotivas da empresa, que hoje já consomem o chamado “combustível verde” numa proporção de 20%. O projeto, conforme frisou, prevê a recuperação de 70 mil hectares de mata nativa e o reflorestamento de 60 mil hectares.

Além dos benefícios ambientais, bastante expressivos, o empreendimento projeta impactos extremamente positivos também na área social. Cerca de duas mil famílias, que hoje vivem do cultivo da mandioca, com renda mensal em torno de R$ 100, deverão ter sua renda elevada pelo Biovale para cerca de R$ 3 mil por mês. “Do ponto de vista da sustentabilidade e da busca de energia limpa, este é um projeto quase perfeito”, finalizou.

ÓLEO DE PALMA

O projeto Biovale, do qual a mineradora se propõe a produzir cerca de 500 mil toneladas de óleo de palma quando suas plantações de dendê atingirem a maturidade, prevê plantios de palma nos municípios de Moju, Acará, Concórdia do Pará e Tomé-Açu. (Diário do Pará)


 Xinguara Tem!!!

 
Diário do Pará

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Anapu: MPF anuncia fiscalização permanente contra desmatamento ilegal- www.prpa.mpf.gov.br

Participaram de audiência pública ontem o Ouvidor Agrário, a Secretaria de Direitos Humanos, o Incra, Ibama e a Comissão Pastoral da Terra
O Ministério Público Federal participou ontem (25/01) da audiência pública em Anapu que discutiu o conflito de assentados do Projeto de Desenvolvimento Sustentável Esperança com madeireiros que fazem derrubadas ilegais na área desde 2010. A audiência ocorre num momento de tensão na região, depois de protestos contra e a favor da retirada de madeira no assentamento.

“Quem retira madeira do assentamento está cometendo crime, o desmatamento no PDS Esperança é ilegal”, avisou o procurador da República Bruno Gustchow, de Altamira, que representou o MPF na audiência. O Incra já identificou pessoas que estão no assentamento mas não são clientes da reforma agrária e podem estar agindo a mando de madeireiros. O Incra obteve ordem judicial para a retirada deles.

O procurador da República avisou aos presentes: “nossas principais preocupações  são a segurança das pessoas, a apuração dos crimes que vêm ocorrendo no assentamento e a garantia de que a área seja destinada verdadeiramente a clientes da reforma agrária”. Para garantir a segurança, o MPF têm enviado ofícios desde agosto do ano passado, a autoridades federais e estaduais solicitando presença na área.

Ao Ibama, por exemplo, o MPF enviou ofício em setembro do ano passado solicitando fiscalização na área, diante das ocorrências de incêndios de veículos de madeireiros. Na mesma época também foi enviado ofício ao Ouvidor Agrário Nacional, solicitando a presença da Força Nacional. Apenas em janeiro de 2011, após novos alertas do MPF de que a tensão aumentava, a PM, a Força Nacional e a Polícia Federal chegaram a Anapu.

Gutschow aproveitou a audiência para reforçar que apóia a presença da PF para apurar qualquer ilegalidade cometida no PDS Esperança, inclusive calúnias e ameaças contra quem se opôe ao desmatamento ilegal. Outra garantia dada pelo Incra é a instalação de uma guarita de segurança no PDS para coibir a saída de madeira. Já a representante do IBAMA, questionada pelo MPF se poderia disponibilizar servidores para essas guaritas, se comprometeu a levar o assunto ao presidente do Instituto.

Ministério Público Federal no Pará
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MPF/PA: condicionantes para autorizar Belo Monte não foram cumpridas


Quinta - feira, 27/01/2011, Belém Pará noticia publicada no DIÁRIO DO PARÁ

IBAMA libera licença para Belo Monte

Uma nova queda de braço promete ser travada entre o Ministério Público Federal e o Ibama em relação à construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no município de Altamira. O Ibama autorizou ontem (26) que fosse dada a largada na construção do canteiro de obras da usina, no rio Xingu. O Ministério Público Federal alega que as condicionantes socioambientais para a autorização da obra não foram cumpridas. Com isso, não descarta uma nova ação judicial que emperre o início dos trabalhos na região. Já existem nove processos contra o Governo em relação à usina.
A autorização foi assinada pelo presidente substituto do Ibama, Américo Ribeiro Tunes. Ele assinou uma autorização de supressão de vegetação, que permite o desmate de uma área de 238 hectares no local de construção da usina. A beneficiada é a empresa Norte Energia, responsável pela obra. O documento assinado pelo presidente do órgão prevê a implantação de infraestrutura de apoio no sítio Belo Monte (acampamento, canteiro industrial e área de estoque de solo e madeira), onde se prevê a construção de duas barragens.
Seria o primeiro passo para a instalação prática da usina. Depois disso, a Norte Energia vai precisar obter junto ao Ibama a licença de instalação, que permite começar as obras. O terceiro passo é a licença de operação , para que a hidrelétrica possa funcionar efetivamente.
A pressa do Governo Federal em autorizar a concessão deve-se a um dos acordos firmados por ocasião do leilão da obra, em abril de 2010. Há o compromisso de que a hidrelétrica deva começar a produzir em 2015, mas se as obras não começarem até fevereiro, esse prazo seria quase impossível de ser cumprido, por conta do período de chuvas. Haveria o risco então de a usina só começar a operar em 2016.
O Ministério Público Federal informou que ainda não teve acesso ao documento integral em que o Ibama autoriza o início das obras da hidrelétrica de Belo Monte, mas há o entendimento de que a autorização da supressão de vegetação é uma tentativa de dar início à obra de forma ilegítima, já que os procuradores que acompanham o caso haviam recomendado expressamente ao Ibama para evitar fragmentação das licenças na tentativa de apressar o licenciamento.
A recomendação, emitida em novembro do ano passado, dizia ao então presidente do Instituto para se abster de “emitir qualquer licença, em especial a de Instalação, prévia ou definitiva, do empreendimento denominado AHE Belo Monte, enquanto as questões relativas às condicionantes da Licença Prévia 342/2010 não forem definitivamente resolvidas de acordo com o previsto”.
Após a recomendação, em dezembro, técnicos do MPF foram até o local onde deve ser construído o canteiro de obras e constataram que as condicionantes exigidas pela Licença Prévia não foram cumpridas. “Até agora, a maioria das condicionantes encontra-se, se não no marco zero, muito aquém do previsto”, disseram os procuradores.
O Ministério Público entende ser preciso ainda avaliar o teor da permissão. Mas considera que, ao conceder licença para a instalação física da obra sem o cumprimento das condicionantes, o Ibama está colocando a região em alto risco social e ambiental. “Não houve nenhuma preparação estrutural para receber operários e máquinas e, muito menos, para a população que será atraída pelo empreendimento, sem chance de ser aproveitada na obra, direta ou indiretamente. Estamos muito preocupados com o que pode acontecer”, declarou o procurador da República no Pará, Ubiratan Cazetta, ao saber da concessão da licença.
A estratégia de conceder uma licença específica para a construção da usina já foi usada anteriormente pelo Governo Federal em relação a duas hidrelétricas em Rondônia. Esse modelo não é reconhecido pelo MPF como válido, de acordo com o direito ambiental brasileiro. Essa pode ser a justificativa da ação a ser impetrada pelos procuradores da República.
Existem estimativas extraoficiais de que o simples anúncio da obra em 2010 já atraiu cerca de 8 mil pessoas em busca de emprego para a cidade de Altamira, a maior da região. A atração populacional pode causar um colapso nos já precários sistemas de abastecimento, saneamento, saúde e educação.
De acordo com o MPF, é para evitar esse tipo de colapso que a legislação brasileira determina rigor no rito de licenciamento ambiental: o empreendimento só é considerado viável se cumprir uma série de condições e só após o cumprimento dessas condições é concedida a permissão de instalação. No caso de Belo Monte, são 40 condicionantes impostas pelo próprio Ibama para que projeto tenha viabilidade social e ambiental. Com informações das agências O Globo, Folhapress e Estado. (Diário do Pará)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

URGENTE: ADESÃO A NOTA DE REPÚDIO LI BELO MONTE

Pessoas precisamos assinar esta nota com urgência até às 14:00h de hoje (27/01) horário de Brasília. Repassem para as suas listas e enviem a adesão para "Verena Glass" veglass@uol.com.br

URGENTE: ADESÃO A NOTA DE REPÚDIO LI BELO MONTE


Obrigado


Licença de Belo Monte é brutalidade sem precedente contra o povo do Xingu



A liberação das obras de Belo Monte, assinada nessa quarta, 26, pelo Ibama, é o primeiro grande crime de responsabilidade do governo federal neste ano que nem bem começou.



Foi dado sinal verde para que um enorme predador se instale às margens do Xingu para devorar a mata, matar o rio e destruir nossas casas, plantações e vidas, atraindo centenas de milhares de iludidos, que este mesmo governo não consegue tirar da miséria. Em busca de trabalho, que poucos encontrarão, eles chegarão a uma região sem saneamento, saúde, segurança e escolas.



Denunciamos esta obra, que quer se esparramar sobre nossas propriedades, terras indígenas e a recém reconhecida área de índios isolados, como um projeto genocida. Denunciamos essa obra como um projeto de aceleração da miséria, do desmatamento, de doenças e da violação desmedida das leis que deveriam nos proteger. Denunciamos que toda essa miséria, violência e destruição será financiada com dinheiro público dos contribuintes, através do BNDES.



Denunciamos a liberação de Belo Monte como um ato ditatorial da pior espécie. O Ibama afirma que se reuniu com “organizações da sociedade civil da região”, mencionando nossos nomes. Nestas reuniões, deixamos claro o que pensamos da usina. Deixamos claro que não queremos seu lixo, seus tratores, sua poluição, sua violência, sua exploração, seu trabalho escravo, suas doenças, sua prostituição, suas poças de água podre e seu desmatamento nos nossos quintais (ou naquilo que nos restará de nossas terras e não nos for roubado pelo governo). Porque observamos perplexos, enojados e aterrorizados o que vem acontecendo nas obras de Jirau e Santo Antonio, no Rio Madeira, em Rondônia.



De que adiantou falarmos? Não fomos ouvidos, e ainda transvestem nossos protestos em “diálogo” para legitimar uma aberração engendrada para retribuir favores a financiadores de campanha. Denunciamos como uma brutalidade sem precedentes a forma pela qual fomos atropelados e ignorados, e tivemos nossos direitos ridicularizados pelo governo.



Anunciamos que vamos continuar enfrentando este projeto com todas as nossas forças. Temos a lei do nosso lado, e cresce de maneira vertiginosa o apoio de milhares de brasileiros e cidadãos conscientes do mundo todo à nossa causa. E responsabilizamos desde já o Governo Brasileiro por qualquer gota de sangue que venha a ser derramada nesta luta.



Assinam:



Movimento Xingu Vivo para Sempre

Prelazia do Xingu

CIMI

Associação dos Povos Indígenas Juruna do Xingu km 17 - APIJUX KM 17

Associação do Povo Indígena Arara do Maia - ARIAM

Associação Indígena Tembé de Santa Maria do Para - AITESAMPA

Comissão Pastoral da Terra - CPT

SOCALIFRA

SOS Vida

SINTEPP Regional

Movimento dos Atingidos por Barragens - MAB

Associação dos agricultores Ribeirinhos do PDS Itatá

Associação dos agricultores ribeirinhos do Arroz Cru

Movimento Negro Altamira e Região

Movimento de Mulheres Campo e Cidade - PA

Colônia de Pescadores de Porto de Moz Z-64

União da Juventude Organizada do Xingu - UJOX

MPA/Via Campesina

PJR/Via Campesina

Comissão de Justiça e Paz - CJP

AARPI

Comitê Metropolitano do Movimento Xingu Vivo para Sempre - Belém
Fórum da Amazônia Oriental - Rede FAOR

Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais
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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

MPF/PA: condicionantes para autorizar Belo Monte não foram cumpridas

Procuradores vão analisar Licença emitida hoje pelo Ibama, mas em vistoria de dezembro já constataram que a região não foi preparada para os impactos da obra

O Ministério Público Federal ainda não teve acesso ao documento integral em que o Ibama autorizou, hoje, o início das obras da hidrelétrica de Belo Monte. A hipótese de uma nova ação judicial, no entanto, não está descartada, já que os procuradores que acompanham o caso haviam recomendado expressamente ao Ibama para evitar fragmentação das licenças na tentativa de apressar o licenciamento.

A recomendação, emitida em novembro do ano passado, dizia ao então presidente do Instituto para se abster de “emitir qualquer licença, em especial a de Instalação, prévia ou definitiva, do empreendimento denominado AHE Belo Monte, enquanto as questões relativas às condicionantes da Licença Prévia 342/2010 não forem definitivamente resolvidas de acordo com o previsto”.

Após a recomendação, em dezembro, técnicos do MPF foram até o local onde deve ser construído o canteiro de obras e constataram que as condicionantes exigidas pela Licença Prévia não foram cumpridas. “Até agora, a maioria das condicionantes encontra-se, se não no marco zero, muito aquém do previsto”, disseram os procuradores.

“Precisamos ainda avaliar o teor dessa permissão. Mas é fato que, ao conceder licença para a instalação física da obra sem o cumprimento das condicionantes o Ibama está colocando a região em alto risco social e ambiental. Não houve nenhuma preparação estrutural para receber operários e máquinas e, muito menos, para a população que será atraída pelo empreendimento, sem chance de ser aproveitadas na obra, direta ou indiretamente. Estamos muito preocupados com o que pode acontecer”, declarou hoje o procurador da República no Pará Ubiratan Cazetta ao saber da concessão da licença.

Existem estimativas extra-oficiais de que o simples anúncio da obra em 2010 já atraiu cerca de 8 mil pessoas em busca de emprego para a cidade de Altamira, a maior da região. A atração populacional pode causar um colapso nos já precários sistemas de abastecimento, saneamento, saúde e educação.

É para evitar esse tipo de colapso que a legislação brasileira determina rigor no rito de licenciamento ambiental: o empreendimento só é considerado viável se cumprir uma série de condições e só após o cumprimento dessas condições é concedida a permissão de instalação. No caso de Belo Monte, são 40 condicionantes impostas pelo próprio Ibama para que projeto tenha viabilidade social e ambiental.  - www.
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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Xinguara Tem!!! Diário do Pará - www.diarioonline.com.br



Quarta-feira, 26/01/2011
Diário do Pará Belém
Sema revê convênios para licenciamento ambiental
Na primeira entrevista coletiva após assumir a Secretaria de Meio Ambiente (Sema), Teresa Cativo rejeitou o rótulo de “xerife”, negou que esteja andando com seguranças e disse que a prioridade será “tornar a Sema funcional”.
Cativo disse querer também que a secretaria ajude a pensar projetos estratégicos para o desenvolvimento sustentável, além de identificar o que chamou de problemas éticos. Uma das medidas foi passar a conta da Sema para a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa). “Tirei do gabinete o que estava sendo feito de forma equivocada. Não sou eu quem deve liberar recursos sem parecer prévio da área financeira, nem manter uma conta em separado da Sefa”, disse, contando que ontem pela manhã o assunto fora tratado com a Secretaria da Fazenda.
Os convênios com empresas que fazem licenciamento ambiental estão sendo revistos pela assessoria jurídica. Será avaliada também a parte financeira e, ao final, esses convênios podem ser rescindidos. A nova secretária contou que já dispensou 70 servidores temporários “Quem era terceirizado e era necessário para a casa ficou. Quem estava sobrando saiu. E só saiu quem realmente não tinha perfil para continuar na Secretaria”.
CONCURSO
Teresa Cativo não disse se haverá concurso para contratação de novos servidores, mas adiantou que deve ser enviado à Assembleia Legislativa um projeto de lei para reestruturar o órgão. “Precisamos aumentar o quadro, mas no sentido de tornar as necessidades prioridade no que diz respeito ao preenchimento de vagas para servidores efetivos”.
Um dos maiores problemas da Sema é a falta de capilaridade. Hoje a Secretaria está em apenas oito polos, mas a ideia, segundo Cativo, é usar estruturas da Agência de Defesa Agropecuária (Adepará) que hoje está presente em 108 municípios. “Quanto mais descentralizarmos, maiores as chances de fiscalização e acompanhamento. No primeiro momento, não vamos aumentar o número de polos, vamos fortalecer as prefeituras para que elas possam atuar”. Um convênio com as prefeituras para atuação conjunta com o Estado, na área ambiental, deve ser assinado no próximo dia 31.
Os números oficiais são de que 44 mil propriedades rurais já estão cadastradas na Sema. Esse número representa apenas 20% do total. Hoje um plano de manejo leva em média de 45 a 60 dias para ser aprovado. Técnicos da Sema afirmam que esse é um prazo aceitável.
Muito indagada sobre as frequentes denúncias de corrupção no órgão, Teresa disse que prefere falar do “a partir de agora”. “Tivemos problemas, mas hoje estamos nos esforçando ao máximo para que, junto com a unidade de inteligência e a corregedoria, a gente dê uma dimensão menor para essa questão. Prefiro falar da Sema do futuro. Como a gente está estruturando, trabalhando”.
Segundo ela, os casos de corrupção são pontuais. “Já há investigação e os culpados vão ser responsabilizados”. Teresa Cativo disse que só falou ontem com a imprensa (uma outra coletiva havia sido marcada e desmarcada) porque mergulhou nos processos. “E quero dizer que a Sema não parou. Tenho assinado outorgas, licenciamentos. Às vezes, fico meio preocupada, mas tudo tem a assinatura de um diretor da área. A gente precisa ter certa cautela”, diz, afirmando que quer fazer uma gestão colegiada, tanto que durante a entrevista esteve acompanhada por todos os diretores da secretaria já escolhidos por ela nas últimas semanas.
A secretária firmou acreditar que o governador Simão Jatene a escolheu pela experiência acadêmica, onde atuou como pesquisadora na área de economia da Amazônia. O foco será o desenvolvimento sustentável. “Por causa disso a gente está sempre falando com outras secretarias”. (Diário do Pará)


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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011


Nova coordenação será criada para universalizar o serviço e dar agilidade aos processos de outorga
Adriano Godoi – Ministério das comunicações
 



O Ministério das Comunicações vai garantir tratamento especial ao setor de radiodifusão comunitária. Um decreto em fase de elaboração e que deverá ser assinado nos próximos meses estabelece a criação da Coordenação-Geral de Rádio Comunitária. O departamento será ligado à Secretaria de Serviços de Comunicação Eletrônica.
“O ministro Paulo Bernardo está seguindo uma orientação da presidente Dilma Rousseff, que pediu mais atenção às rádios comunitárias, como forma de garantir a universalização do serviço”, explica o secretário de Comunicação Eletrônica do Minicom, Genildo Albuquerque.
A Coordenação-Geral de Rádio Comunitária será dividida em dois departamentos. Um deles cuidará da formulação de políticas para o setor e outro será estruturado para acelerar o andamento dos processos de outorgas em tramitação no Minicom.
O primeiro trabalho da nova coordenação-geral, segundo Genildo Albuquerque, será traçar um diagnóstico sobre a radiodifusão comunitária em todas as regiões do Brasil. Esse estudo vai apontar qual o quadro atual e onde há necessidade de instalação de novas emissoras. “Para elaborar uma política, você tem que fazer um diagnóstico. Esse trabalho vai ser realizado para, a partir daí, a gente começar a pensar as ações futuras”, reforça o secretário.
Uma das principais metas da coordenação será dar agilidade à tramitação dos processos de outorgas para novas rádios comunitárias. Atualmente, um mesmo setor é responsável pelos processos de emissoras comunitárias, educativas e comerciais. Uma nova seção cuidará somente dos processos de rádios comunitárias.
Genildo Albuquerque diz que o objetivo é racionalizar a oferta de outorgas, reduzindo o tempo de análise dos processos. Ele exemplifica que o departamento vai verificar se o processo está andando em linha reta, ou seja, se cada ato do procedimento segue o fluxo correto e se é realmente necessário. “A expectativa é que a gente consiga acelerar essa análise e, dessa forma, evitar que um aviso de habilitação seja aberto e demore muito tempo até a outorga de novas rádios.”Adriano Godoi
Assessoria de Comunicação Social
Ministério das Comunicações
imprensa@mc.gov.br







CURSO DE CERÂMICA SERÁ OFERTADO NO TELECENTRO DE XINGUARA
 


O Tele centro de Xinguara, localizado no prédio da Sefa, estará promovendo no próximo mês o curso de cerâmica. No total há 17 vagas abertas para participar do curso totalmente on line.
O curso de cerâmica é voltado para jovens e adultos que desejam atuar no segmento de cerâmica, em especial na fabricação de telhas, tijolos e demais artefatos
cerâmicos.
Para se inscrever no curso é preciso fazer um cadastro no Tele centro, que está aberto das 8h às 18h, não sendo necessário apresentar comprovante de escolaridade. Quanto as aulas do curso, divididas em 2 unidades com 12 aulas no total, poderá ser assistida pelo aluno no horário em que estiver disponível.
Nas 12 aulas os alunos aprenderão além da classificação das cerâmicas e diferenças
entre materiais refratários e abrasivos, terão aulas sobre as etapas do processo produtivo, preparação da massa, técnicas de prensagem, técnicas de secagem, análise granulométrica entre outros temas.
Não é necessário ter um conhecimento prévio sobre cerâmica ou trabalhar com a mesma para fazer o curso, pois no decorrer das aulas o aluno terá uma visão geral sobre os processos produtivos cerâmicos
e de ensaios.
O curso de cerâmica é mais uma oportunidade profissional oferecida por meio do Tele centro a todos interessados. A partir do curso o aluno terá conhecimentos técnicos para abrir sua micro empresa de cerâmica além de ter uma nova profissão.

Reportagem e Redação: Jandevânia Melo

www.tnxinguarapa.mepp.com.br


ESCRITOR LUIS FERNANDO VERÍSSIMO



Escritor e humorista gaúcho (26/9/1936). Nasce em Porto Alegre, filho do escritor Érico Veríssimo. Foi alfabetizado na Califórnia, Estados Unidos (EUA), para onde se muda com a família aos sete anos. De volta ao Brasil, estuda no Instituto Porto Alegre até os 16 anos. Termina o 2º grau nos EUA, e ali vive até 1956. Em 1962 vai para o Rio de Janeiro, onde permanece por cinco anos, empregado no jornal da Câmara de Comércio Americana. Casado e com uma filha pequena, volta para Porto Alegre e, em 1967, trabalha como redator no jornal gaúcho Zero Hora. Passa a assinar sua primeira coluna diária no jornal em 1969. Estréia na literatura em 1973 com o livro de crônicas "O Popular". Entre seus mais de 40 títulos publicados a partir de então, incluem-se O Analista de Bagé (1977), A Velhinha de Taubaté (1983) e Comédias da Vida Pública (1995). Como humorista, desenha o personagem Ed Mort nos quadrinhos Procurando o Silva, posteriormente adaptado para o cinema por Alain Fresnot. As histórias de O Analista de Bagé, Brasileiros, e Brasileiras A Família Brasil e O Marido do Dr.Pompeu foram adaptados para o teatro. Seu livro de crônicas Comédias da Vida Privada (1994) origina a série de mesmo nome produzida pela TV Globo. Atualmente colabora em jornais e revistas, além de assinar uma coluna diária nos jornais Zero Hora e O Estado de São Paulo, para o qual também escreve, aos domingos, uma crônica ilustrada com os personagens de A Família Brasil.
Fonte: Almanaque Abril 2000.
www.paralerepensar.com.br/verissimo.htm

Crônica de Luis Fernando Veríssimo sobre o "BBB"


Crônica de Luis Fernando Veríssimo sobre o "BBB"

Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço...A décima terceira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil, encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB 10 é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB 10 é a realidade em busca do IBOPE..

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB 10. Ele prometeu
um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas
parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.

Se entendi corretamente as apresentações, são 15 os “animais” do
“zoológico”: o judeu tarado, o gay afeminado, a dentista gostosa, o
negro com suingue, a nerd tímida, a gostosa com bundão, a “não sou
piranha mas não sou santa”, o modelo Mr. Maringá, a lésbica convicta,
a DJ intelectual, o carioca marrento, o maquiador drag-queen e a PM
que gosta de apanhar (essa é para acabar!!!).

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e
escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro
de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível.
Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.
Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro
repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e
meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente,
chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?

São esses nossos exemplos de heróis?

Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros,
profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os
professores)
, carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores
incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados..

Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida
por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a
isso, todo santo dia.

Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais
saudável e digna.

Heróis, são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs,
voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína, Zilda Arns).

Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam
suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como
mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos
telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro
estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à
criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e
moral.

E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a
"entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da
Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de
pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta
centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e
setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil
reais a cada paredão.


Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia
se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia,
alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?

(Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de
5.000 computadores!)

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e
indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.

Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário
Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa...,
ir ao cinema...,
estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... ,
telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar
com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.

Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda
resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade.