segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

HADDAD MANTÉM PALAVRA: NÃO CEDERÁ AO BRILHO FÁCIL
SP 247 – O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, tem mantido sua palavra de que não deverá ceder ao brilho fácil. Em entrevista à edição em português do jornal espanhol El País, o petista que assumiu a capital paulista há um ano lembra que sua "métrica do sucesso não é a reeleição".
"A minha métrica do sucesso não é a reeleição. É um projeto para a cidade. A cidade tem um projeto hoje? Não tem. Se essa cidade em 2016 tiver um projeto... E quando eu digo projeto não é o prefeito ter um projeto. É a cidade ter um projeto. Para mim, essa é a vitória da gestão", declarou Haddad.
Segundo o prefeito, as medidas de combate à corrupção que têm colocado em prática – e tornado a marca de seu governo, principalmente com o fim da máfia dos fiscais –, não necessariamente vão se refletir em apoio político. Apesar de ouvir que esse tipo de gestão traz prejuízos para sua gestão, afirma: "Mas é o jeito que eu sei fazer".
Haddad também cutuca os pessimistas de plantão na imprensa. "Ninguém que é pessimista pode entrar na política. A política já é tão difícil sendo o que ela é. O pessimista tem de fazer outra coisa... Tem que ser jornalista (risos)". E diz ser "parecido" com um tucano. "Não tem ninguém que se pareça mais com um tucano do que eu. Branco, filho de imigrante, bem sucedido academicamente, três diplomas. E o que quer dizer isso? Na hora em que os interesses estão em jogo, é de que lado você fica que importa".
Leia abaixo a íntegra da entrevista, publicada no site do El País no último dia de 2013.
Pergunta: Como é ser prefeito da maior cidade da América Latina?
Resposta: Uma experiência desafiadora. Mas há também a sensação de que você consegue dar resposta aos problemas, desde que você tenha alguma determinação para mudar a realidade da cidade. Em geral, os prefeitos que deixam uma marca na sua cidade foram os que tomaram as providências que todo mundo sabia que precisavam ser tomadas, mas eram postergadas em função de circunstâncias conjunturais. A questão da mobilidade é clássica no mundo inteiro. Todo mundo sabe que deve priorizar o transporte público, mas tomar a decisão de priorizá-lo é difícil porque incomoda aqueles que estão comodamente utilizando o transporte individual. Já tínhamos anunciado na campanha que faríamos, mas impulsionados pelas manifestações de junho, fizemos em seis meses o que faríamos em quatro anos [com o aumento das faixas exclusivas de ônibus], o que resultou em um incremento na velocidade do ônibus, superior a verificada em Nova York e Paris, que tomaram a mesma decisão.


LEIA MAIS EM: site do El País 

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