sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Dilma elege a educação como “a prioridade das prioridades” do segundo mandato
 
Dilma durante a posse em Brasília – Foto: Marcelo Carmargo/Agência Brasil
Agência Brasil
A presidente Dilma Rousseff disse na cerimônia de posse no Congresso Nacional, que o lema do novo governo será “Brasil: pátria educadora”.
Ela caracterizou o lema como simples, direto e que reflete com clareza qual será a prioridade do governo, além de sinalizar o setor para o qual devem convergir os esforços de todas as suas áreas.
“Estamos dizendo que a educação será a prioridade das prioridades, mas também que devemos buscar em todas as ações do governo um sentido formador, uma prática cidadã”, explicou, ao acrescentar que só a educação liberta um povo e abre portas para o futuro.
Dilma defendeu um ensino de qualidade em todos os níveis de formação e para todos os segmentos da sociedade. A presidenta destacou que a expectativa é que, ao longo deste novo mandato, o setor comece a receber volumes mais expressivos de recursos oriundos dos royalties do petróleo e da exploração da camada pré-sal.
“Buscaremos, em parceria com os estados, efetivar mudanças curriculares e aprimorar a formação dos professores” disse, ao avaliar ser esta uma área frágil no sistema educacional brasileiro. A presidenta prometeu dar atenção especial ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e ao Programa Jovem Aprendiz. “O Brasil vai continuar como país líder no mundo em políticas sociais transformadoras”.

Por Agência Brasil
Ministros do novo governo de Dilma


Ministério da Economia
 Joaquim Levy
Joaquim Levy é PhD em economia pela Universidade de Chicago, famosa pela defesa do liberalismo econômico. Antes da nomeação, atuava como diretor do Bradesco. Levy trabalhou no Fundo Monetário Internacional (FMI) e no Banco Interamericano de Desenvolvimento. No Brasil, foi secretário do Tesouro Nacional entre 2003-2006, durante o governo Lula. Na época, chegou a entrar em confronto com a própria Dilma, que era ministra da Casa Civil, quando fez parte de uma equipe do Ministério da Fazenda que recomendou controle de gastos públicos e limite a despesas de programas sociais. Após sair do governo, foi secretário do Estado da Fazenda do Rio, durante o primeiro mandato do governador Sérgio Cabral. Em 2012, apareceu em fotos divulgadas por Anthony Garotinho para criticar o governo Cabral. As fotos, feitas em 2009 em Paris, mostravam Cabral e vários membros do governo, entre eles Levy, ao lado do empresário Fernando Cavendish, o dono da construtora Delta acusado de corrupção. Levy saiu do governo Cabral em 2010 após defender cortes de gastos públicos e, por isso, entrar em atrito com o governo.
Banco Central do Brasil
- Alexandre Tombini (sem filiação)
Alexandre Tombini é um dos ministros que Dilma decidiu manter no governo. Ele foi nomeado presidente do Banco Central em 2010 e continua no cargo desde então. Tombini é economista, com PhD pela Universidade de Illinois. Antes de ser nomeado para o BC, atuou como assessor no Ministério da Fazenda e foi o representante brasileiro no Fundo Monetário Internacional (FMI). Durante seu período no BC, foi responsável pela política de diminuição de juros, com a taxa Selic chegando a 7,25% em 2012. No entanto, recebeu fortes críticas pela forma como o Banco Central estava controlando a inflação, que voltou a subir nos últimos anos.
Ministério do Planejamento
 - Nelson Barbosa (sem filiação),
Nelson Barbosa é economista e professor da FGV, com Ph.D pela New School for Social Research, de Nova York. Ele já exerceu diversos cargos na esfera pública, com passagens pelo Banco do Brasil, BNDES e Ministério da Fazenda. Seu último cargo público foi de secretário-executivo no Ministério da Fazenda, entre 2011-2013. Barbosa já está trabalhando com Dilma desde novembro, quando foi nomeado assessor especial para fazer a transição de política econômica ao lado do futuro mininstro da Fazenda, Joaquim Levy. Barbosa disse que trabalhará para adequar o orçamento no ano que vem e aumentar as taxas de investimento e produtividade da economia.
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
- Armando Monteiro (PTB-PE),
Formado em Administração e Direito, Armando Monteiro atua na política desde 1990. É atualmente senador pelo Estado de Pernambuco e foi eleito por três vezes deputado federal. Em 2014, disputou as eleições para o governo de Pernambuco, mas foi derrotado. No setor industrial, foi presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE) e presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) entre 2002-2010. Sua passagem pela CNI faz com que seja visto com reservas pelo setor sindical.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Kátia Abreu (PMDB-TO),
Atualmente senadora pelo Tocantins, Kátia Abreu entrou no mundo do agronegócio após a morte de seu marido em um acidente de avião, em 1987. Hoje, é uma das maiores pecuaristas do país. Entrou para a política em 1998, eleita deputada pelo extinto PFL. Foi eleita senadora em 2006, e reeleita no ano passado. Presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Kátia Abreu se tornou líder da bancada ruralista no Congresso e é conhecida pela defesa de posições polèmicas sobre as políticas ambientais, reforma agrária e demarcação de terras indígenas. Em 2010, durante os acalorados debates do Código Florestal, foi apelidada de "Miss Desmatamento" pela ONG Greenpeace. Kátia Abreu fez oposição ao governo Lula, mas se aproximou do PT durante o governo Dilma após deixar o DEM (ex-PFL) em 2011. Atualmente, está no PMDB.
  Helder Barbalho (PMDB-PA),
Helder Barbalho é filho de Jader Barbalho, importante cacique político do PMDB do Pará que foi senador – e teve que renunciar ao mandato envolvido em acusações de corrupção. Um dos mais jovens ministros nomeados, Helder foi vereador e deputado estadual e prefeito de Ananindeua, região metropolitana de Belém. Este ano, disputou as eleições para o governo do Pará, mas foi derrotado por Simão Jatene. Além da trajetória política, ele apresenta um programa de rádio em uma emissora local.
Ministério da Educação
Cid Gomes (PROS-CE),
Governador do Ceará, está encerrando seu segundo mandato. Em outubro de 2013, Cid Gomes e seu irmão Ciro Gomes deixaram o PSB para entrar no recém-criado PROS. A troca ocorreu porque não concordavam com o rompimento com o governo federal e a candidatura própria do PSB à Presidência, com Eduardo Campos. Cid afirmou que se manteria fiel à presidente Dilma Rousseff e trabalhou na reeleição da petista. O Programa de Alfabetização na Idade Certa, que desenvolveu como prefeito de Sobral (1997 a 2004), inspirou o Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa, do governo federal. Logo após ser nomeado, 
Cid afirmou que a prioridade à frente do Ministério da Educação será o ensino médio. O PROS obtém com a nomeação de Cid um ministério que era comandado por nomes do PT desde o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
 Aldo Rebelo (PCdoB),
Jornalista e deputado federal eleito por cinco mandatos consecutivos, comandou o Ministério do Esporte por três anos, de outubro de 2011 até agora. No período, entrou em atrito com a Fifa e a organização da Copa do Mundo no Brasil – que, ao fim, foi considerada um evento bem sucedido. Em seu trabalho legislativo, foi relator do novo Código Florestal, quando foi bastante criticado por ambientalistas. À frente do Ministério de Ciência e Tecnologia, provavelmente deverá se envolver outra vez no debate com esse setor em questões como os incentivos às pesquisas e ao desenvolvimento de soluções para o Brasil enfrentar as consequências do aquecimento global.
Jaques Wagner (PT-BA),
Jaques Wagner está na política desde o final da década de 1960, quando atuava no movimento estudantil. Foi perseguido pela ditadura militar e se tornou um dos fundadores do PT e da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Durante o governo Lula, foi ministro do Trabalho e assumiu a Secretaria de Relações Institucionais em meio à crise do mensalão. Wagner foi eleito governador da Bahia em 2006, foi reeleito e conseguiu, em 2014, eleger o seu sucessor, o também petista Rui Costa.
Ministério das Cidades
Gilberto Kassab (PSD-SP),
E o ex-prefeito de São Paulo chegou à Esplanada dos Ministérios. Gilberto Kassab fundou o PSD em 2011, deixando o DEM e a oposição. Com ele, migraram muitos de seus partidários em direção à base aliada. Ex-opositor ao PT, reforçou o governo no Congresso nos últimos anos. Hoje o PSD tem 45 deputados federais. Apesar de ter perdido cadeiras nas últimas eleições – elegeu 37 em outubro –, continuará como uma grande força na Câmara, sendo a quarta maior bancada da Casa, atrás de PT, PMDB e PSDB.
Ministério de Minas e Energia
Eduardo Braga (PMDB-AM),
O líder do governo no Senado substituirá Edison Lobão. O senador tem bom trânsito com a ala rebelde do PMDB, bastante ativa neste ano eleitoral. Durante os últimos dois anos, Eduardo Braga foi o responsável pela articulação política entre o Planalto e o Senado. Entre os projetos em que atuou pela vitória do governo, destaca-se a aprovação do Código Florestal. Governador do Amazonas de 2003 a 2010, acabou derrotado em 2014 pelo atual governador
Ministério do Esporte
George Hilton (PRB-MG),
O PRB foi trocado da Pesca para o Esporte, que era há 12 anos comandado pelo PCdoB, deslocado para a pasta de Ciência e Tecnologia. George Hilton está em seu terceiro mandato na Câmara dos Deputados e, na página da Casa, tem como profissões: radialista, apresentador de televisão, teólogo e animador. Ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, George Hilton comandará uma pasta que continuará sob os holofotes com a aproximação da Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro.
Ministério do Turismo
Vinícius Lages (PMDB-AL),
Vinícius Lages é doutor em sócio-economia na França e, antes de entrar para o governo, atuava na gerência do Sebrae. Assumiu o Ministério do Turismo em março de 2014, quando a presidente Dilma fez uma reforma ministerial para permitir que ministros saíssem do governo para disputar as eleições. Uma escolha técnica, já que foi representante no Conselho Nacional do Turismo entre 2003 e 2007, a nomeação de Lages irritou o PMDB, que boicotou a posse em março. No entanto, Lages contou com o apoio de um dos principais nomes do partido, o senador Renan Calheiros, e é hoje filiado ao próprio PMDB.
Secretaria de Portos
Edinho Araújo (PMDB-SP),
Edinho Araújo comandará a secretaria especial com status de ministério criada em 2007. O deputado federal – reeleito para seu quarto mandato – é um nome do grupo do vice-presidente da República, Michel Temer, no PMDB paulista. Vice-líder do partido na Câmara, relatou a lei que criou a Comissão nacional da Verdade.
Secretaria de Aviação Civil
Eliseu Padilha (PMDB-RS),
O vice-presidente Michel Temer abriu mão de ter na pasta com status de ministério Moreira Franco, mas obteve a nomeação de um dos seus aliados mais próximos: Eliseu Padilha. Membro do partido deste 1966, quando ainda era MDB, atualmente, Eliseu Padilha comandava a Fundação Ulysses Guimarães. O nome do novo ministro enfrentou resistência do Planalto, 
conforme noticiou o G1. O peemedebista foi ministro dos Transportes de Fernando Henrique Cardoso, de 1997 a 2001, quando deixou a pasta após ser acusado de receber propina. O processo foi arquivado. Nas campanhas presidenciais de 2002 e 2006, apoiou o PSDB. Neste ano, atuou fortemente no Rio Grande do Sul, pela reeleição de Dilma.
Secretaria de Igualdade Racial
Nilma Lino Gomes (sem filiação),
Nilma Gomes é pedagoga e socióloga, com doutorado pela Universidade de Coimbra, em Portugal. Em 2013, se tornou a primeira mulher negra a assumir o comando de uma universidade federal, quando se tornou reitora da Unilab, no Ceará. Antes disso, atuou na promoção da política de cotas da UFMG.
Controladoria-Geral da União
Valdir Simão (sem filiação),
Valdir Simão assume o lugar de Jorge Hage na Controladoria-Geral da União – o órgão responsável por fiscalizar os outros ministros e investigar denúncias de corrupção no governo. Escolha técnica, Simão é auditor de carreira na Receita Federal. Ele já trabalhou no governo Dilma, entre 2011 e 2013, como secretário-executivo do Ministério do Turismo.
Ministério dos Transportes
Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP),
Antonio Carlos Rodrigues é advogado e empresário. Vereador pelo quarto mandato consecutivo em São Paulo, ele assumiu, em 2013, uma vaga no Senado por ser suplente de Marta Suplicy. Rodrigues foi um dos principais articuladores do apoio do PR à candidatura de Dilma Rousseff. Em sua passagem pelo Senado, aprovou uma lei sobre a clareza das bulas de remédio
Na área de transportes, teve como experiência uma passagem pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU). Em 2012, foi um dos nomes em um escândalo na Câmara Municipal em São Paulo, quando vereadores foram acusados de permitir que funcionários marcassem presença por eles nas votações, evitando assim o desconto por dia ausente. Ele nega a acusação.
Ministério da Integração Nacional
Gilberto Occhi (PP),
Gilberto Occhi é advogado e, atualmente, ocupa o cargo de ministro das Cidades. Filiado ao PP, ele passará ao Ministério de Integração Nacional. Occhi era funcionário de carreira da Caixa antes de entrar para o governo, passando por cargos no Espírito Santo, Sergipe, Alagoas, até chegar à vice-presidência de Governo do banco.
 Reportagem de ÉPOCA de março de 2014 mostra como o ministro se envolveu em um processo e teve que indenizar uma cliente da Caixa por constrangê-la.
Secretaria - Geral da Presidência da República
Miguel Rossetto (PT-RS),
Miguel Rossetto é sindicalista filiado ao PT do Rio Grande do Sul. Foi ministro do Desenvolvimento Agrário nos governos Lula e Dilma, e só deixou o ministério para atuar na campanha de reeleição de Dilma. A escolha de Rossetto é uma forma de Dilma tentar apaziguar os ânimos dos petistas após a nomeação da senadora Kátia Abreu para o Ministério da Agricultura, já que, no Ministério do Desenvolvimento Agrário, adotou uma política voltada mais para os pequenos agricultores, e não pelo agronegócio.
Ministério do Desenvolvimento Agrário
Patrus Ananias (PT-MG),
Patrus Ananias é advogado e um dos fundadores do PT em Minas Gerais. Foi prefeito de Belo Horizonte entre 1993 e 1997, deputado federal e ministro do Desenvolvimento Agrário no governo Lula. Durante sua gestão, ficou responsável pela implementação do programa Bolsa Família. Em 2010, saiu do ministério para concorrer ao governo de Minas, mas perdeu para Antônio Anastasia (PSDB). Ananias tem proximidade com lideranças do PT, como o presidente Lula, e com movimentos sociais, como o MST.
Ministério das Comunicações
Ricardo Berzoini (PT-SP),
Ricardo Berzoini é engenheiro e deputado federal pelo PT por quatro mandatos consecutivos. Foi ministro da Previdência durante o governo Lula e depois assumiu o Ministério do Trabalho. Em 2005, foi eleito presidente nacional do PT. Durante a campanha eleitoral de Dilma, Berzoini foi um dos principais defensores da discussão da regulação da mídia, proposta que pode colocar em andamento no Ministério das Comunicações.
Ministério de Relações Institucionais
Pepe Vargas (PT-RS),
Pepe Vargas é médico e político filiado ao PT desde a década de 1980. Começou na carreira política ainda na ditadura, fazendo oposição aos militares no MDB. Filiou-se ao PT e foi eleito vereador, deputado estadual, federal e prefeito de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, entre 1997 e 2005. Foi ministro do Desenvolvimento Agrário por dois anos durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff.
Ministério da Previdência
Carlos Gabas (PT-SP),
Carlos Gabas é contador e funcionário de carreira do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Está no Ministério da Previdência desde o governo Lula, atualmente no cargo de secretário-executivo, mas já assumiu de forma interina, em algumas ocasiões, o Ministério. Gabas ganhou fama por um episódio inusitado com a presidente Dilma. Em 2013, Dilma driblou a segurança presidencial e saiu junto com Gabas para um passeio de moto em Brasília.
Ministério da Cultura
Juca Ferreira (PT-SP),
Juca Ferreira, 65 anos, é sociólogo e já assumiu a pasta entre 2008 e 2010 no governo Lula. Na época, com seu perfil polêmico, decidiu nomear Ana de Hollanda, apesar de um movimento no setor cultural que pleiteou o "Fica Juca". Antes de assumir o ministério, Juca havia sido secretário-executivo da pasta durante a gestão de Gilberto Gil, de 2003 e 2008. Em 2012, Ferreira foi nomeado secretário de Cultura da cidade de São Paulo, na gestão de Fernando Haddad (PT).Juca vai assumir o lugar de Ana Cristina da Cunha Wanzeler, que ocupava o ministério de forma interina depois da saída da senadora Marta Suplicy (PT-SP). A ex-ministra, aliás, criticou a escolha de Juca Ferreira,
 
Ministério das Relações Exteriores
Mauro Vieira (sem filiação),
O diplomata Mauro Vieira foi uma das últimas novidades anunciadas pela presidente na reforma ministerial e assumirá a direção do Itamaraty.  Vieira é o atual embaixador do Brasil em Washington e troca de posto com o ministro Luiz Alberto Figueiredo, que está no cargo desde 2013 e deixa a Esplanada para assumir a embaixada brasileira nos EUA. Advogado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ele já serviu no Uruguai, México e na França, além de ter atuado como chefe de gabinete do ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim.
Advocacia-Geral da União
Luís Inácio Adams (sem filiação),
O advogado foi reconduzido ao cargo que ocupa desde 2009, ainda durante o segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele sucedeu José Antonio Dias Toffoli, que deixou o cargo para assumir uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Na AGU, Luís Inácio Adams atuou no recurso ao STF que pediu o corte dos supersalários do Legislativo e defendeu Lula da multa por fazer campanha para a então candidata Dilma Rousseff. Em 2012, passou por crise quando o nome de seu advogado-geral adjunto, José Weber Holanda, esteve envolvido nos escândalos da Operação Porto Seguro, da Polícia Federal.
Secretaria de Assuntos Estratégicos
Marcelo Neri (sem filiação),
Outro ministro reempossado, Marcelo Neri, ocupado o cargo desde março de 2013. Ele ocupou o cargo concomitantemente com a presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) até 2014. Neri é PhD em economia pela Universidade de Princeton, mestre e bacharel em economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e professor da Fundação Getulio Vargas. Seu livro "A Nova Classe Média"  foi indicado ao prêmio Jabuti de 2012.
Casa Civil
Aloizio Mercadante (PT-SP),
Aloizio Mercadante segue no comando da Casa Civil, posição que ocupa desde fevereiro de 2014. O ministro já liderou as pastas de Ciência, Tecnologia e Inovação de 2011 a 2012 e da Educação, quando substituiu Fernando Haddad (PT) para que o partidário disputasse a prefeitura de São Paulo. Anteriormente, Mercadante teve experiência legislativa. Foi senador pelo estado de São Paulo entre 2003 e 2010 e deputado federal pelo estado por dois mandatos (1991-1995 e 1999-2003).
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Tereza Campello (sem filiação),
A economista formada pela Universidade Federal de Uberlândia continuará no cargo que ocupa desde 1º de janeiro de 2011, no primeiro mandato da presidente Dilma, substituindo Patrus Ananias. Ela está em Brasília desde 2002, quando participou da equipe de transição do ex-presidente Lula. Durante os anos, atuou na Casa Civil e tocou projetos como Plano Nacional de Mudanças Climáticas e Territórios da Cidadania.
Secretaria de Comunicação Social
Thomas Traumann (sem filiação),
O jornalista é mais um dos ministros que Dilma decidiu manter no governo. Em fevereiro do ano passado, com a saída da ministra-chefe Helena Chagas, Thomas Traumann assumiu a Secretaria de Comunicação Social da Presidência, tornando-se o responsável pela área de comunicação do governo. Natural do Paraná, Traumann deixou as redações de jornal em 2008 para trabalhar na área de assessoria de imprensa. Passou por alguns dos principais meios de comunicação do país, incluindo a Revista Época. Durante a cobertura do escândalo do mensalão, publicou a entrevista em que o então presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, detalhou como recebeu malas de dinheiro de Marcos Valério, a mando do PT. Traumann coordenou a assessoria de imprensa do ex-ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, e foi assessor especial da Secom.
Gabinete de Segurança Institucional
José Elito Carvalho Siqueira (sem filiação),
O general José Elito Carvalho Siqueira permanece no cargo que garante a segurança pessoal da presidente, o vice, e seus familiares, além da guarda de palácios presidenciais. Aos 68 anos, ele continua também a ser referência para a eleita em assuntos militares e de segurança. Antes de assumir a pasta em 2011, foi chefe de Preparo e Emprego do Ministério da Defesa. Também comandou a Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah) em 2006 e 2007.
Secretaria de Direitos Humanos
Ideli Salvatti (PS-SC),
Ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH) desde abril do ano passado, Ideli Salvatti continua no cargo no próximo governo. Antes de assumir o posto atual, Ideli comandou o Ministério da Pesca e Aquicultura, de janeiro a junho de 2011, quando foi deslocada para a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República. Lá permaneceu por quase três anos até ser removida para a SDH. Ex-senadora pelo PT de Santa Catarina, ela foi líder do governo no Congresso durante o governo do presidente Lula.
Ministério da Justiça
José Eduardo Cardozo (PT-SP),
O advogado José Eduardo Cardozo permanece no cargo que ocupa desde 2011, quando assumiu após ser um dos coordenadores da campanha presidencial de Dilma Rousseff. Antes disso, o paulistano foi deputado federal por duas vezes, a última vez em 2006, e vereador pela capital paulista por três mandatos.
Secretaria de Políticas para as Mulheres
Eleonora Menicucci (PT),
A professora e socióloga Eleonora Menicucci, atual ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM), no cargo desde 2012, continua no segundo mandato da presidente. Foi pró-reitora de extensão da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) antes de atender o convite de Dilma para fazer parte do governo. Ex-companheira de cela da presidente nos calabouços da ditadura militar, afirmou, 
em entrevista a ÉPOCA em março do ano passado, que o governo da primeira mulher eleita presidente da República contribui para extinguir o machismo que ainda predomina no Brasil.

Ministério do Meio Ambiente
Izabella Teixeira (sem filiação),
A bióloga Izabella Teixeira permanece no comando do Ministério do Meio Ambiente. Ela assumiu, em 2010, após a Carlos Minc deixar o cargo para concorrer a uma vaga de deputado estadual pelo Rio de Janeiro. Formada em biologia pela Universidade de Brasília e funcionária de carreira do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), durante sua gestão, ocorreu a aprovação do Novo Código Florestal e a construção da Usina de Belo Monte, ações que foram duramente criticadas por organizações ambientalistas. Em compensação, o país registrou as menores taxas de desmatamento da Amazônia Legal.
Ministério do Trabalho e Emprego
Manoel Dias (PDT),
Atual ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias será mantido no cargo pela presidente Dilma Rousseff. Com isso, o PDT, partido que ajudou a fundar com Leonel Brizola, seguirá a tradição de comandar a pasta. Catarinense, Dias assumiu o cargo em março de 2013, quando entrou para substituir Brizola Neto. Desde então, enfrentou denúncias de irregularidas no Ministério. Ele sempre negou as suspeitas e foi mantido no cargo sem que nenhuma denúncia fosse apresentada formalmente à Justiça. Atualmente é secretário-geral do PDT e presidente da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini, de estudos políticos.
Ministério da Saúde
Arthur Chioro (PT-SP),
O ministério da Saúde também terá continuidade de gestão. O médico Arthur Chioro permanece na direção da pasta. Professor universitário, com mestrado e doutorado em saúde coletiva nas universidades de Campinas e São Paulo, assumiu o cargo interinamente após a saída de Alexandre Padilha, que concorreu ao governo de São Paulo nas eleições de 2014. Em sua gestão, aprofundou e implementou o programa Mais Médicos e ampliou as leis de combate ao fumo, proibindo fumo em muitos lugares públicos.
Secretaria da Micro e Pequena Empresa
Guilherme Afif Domingos (PSD),
O empresário continua no ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, que chefia desde a criação do órgão em 2013. Entre 2011 e 2014 foi vice-governador do Estado de São Paulo. Afif foi deputado federal constituinte, ex-presidente do Conselho do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e por duas vezes presidente da Associação Comercial de São Paulo. Ele também tentou concorrer a cargos eletivos, foi candidato ao Senado por duas vezes, a última em 2006, e concorreu à Presidência da República em 1989.

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