quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

O Brasil chegou a 58,3 milhões de pessoas inadimplentes


O Brasil chegou a 58,3 milhões de pessoas inadimplentes em dezembro de 2016, ou 39% da população adulta do país. No ano, 700 mil pessoas ingressaram na lista de negativados, segundo dados do SPC Brasil.
Apesar de expressivo, o número mostra uma desaceleração da taxa de crescimento da inadimplência. De janeiro a dezembro de 2015, o aumento de consumidores negativados foi de 2,5 milhões.
Segundo o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro, essa desaceleração pode ser explicada pelo cenário de recessão da economia, que reduziu a capacidade de pagamento das famílias e também restringiu a tomada de crédito. “Isso quer dizer que o consumidor encontra mais dificuldade para se endividar e, sem se endividar, não pode ficar inadimplente”, diz.
Entre novembro e dezembro, o número de devedores apresentou um recuo de 0,41%. Segundo o SPC Brasil, o movimento é típico da época, que concentra o pagamento de direitos como o décimo terceiro. A entrada desse recurso é uma oportunidade para o consumidor com dívidas quitar seus débitos.
Já na comparação entre 2016 e o ano anterior, o indicador de inadimplência  avançou 1,44%, a menor variação para um ano desde o início da série histórica. Em 2015, o crescimento havia sido de 4,24%.
Número de dívidas
A pesquisa também mostra que o volume médio de dívidas em nome de pessoas físicas caiu 2,24%, passando de 2,1 em dezembro de 2015 para 2,0 em igual mês de 2016.
O setor de comunicação, que engloba atrasos em contas de telefonia, internet e TV por assinatura, foi o que mostrou a maior queda de dívidas, de 17,77%. Já a maior alta foi registrada em água e luz, de 13,62% na comparação anual.
Os atrasos no comércio apresentaram uma retração de 3,90%, e as dívidas bancárias, que contemplam atrasos no cartão de crédito, financiamentos, empréstimos e seguros, cresceram 0,78%.
Em termos de participação, os bancos concentram a maior parte das dívidas do país: 48,26%. Em seguida, aparecem o comércio, com 20,04% desse total; o setor de comunicação (13,07%) e o de água e luz, concentrando 8,55% do total de pendências. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.